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domingo, 16 de setembro de 2007

ACORDO ORTOGRÁFICO

Mudanças na Língua Portuguesa

Veiculo pesquisa sobre as alterações que estão por vir. É importante que seja divulgada e as informações se dêem a partir das escolas.

Mudanças na Língua Portuguesa - Unificação da Língua Portuguesa
Alfabeto brasileiro passa a ter 26 letras. Está para entrar em vigor a unificação da Língua Portuguesa que prevê, entre outras coisas, um alfabeto de 26 letras."A frequência com que eles leem no voo é heroica!". Ao que tudo indica, a frase inicial desse texto possui pelo menos quatro erros de ortografia. Mas até o final do ano, quando deve entrar em vigor o "Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa", ela estará corretíssima. Os países-irmãos Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste terão, enfim, uma única forma de escrever.As mudanças só vão acontecer porque três dos oito membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) ratificaram as regras gramaticais do documento proposto em 1990. Brasil e Cabo Verde já haviam assinado o acordo e esperavam a terceira adesão, que veio no final do ano passado, em novembro, por São Tomé e Príncipe.
Tão logo as regras sejam incorporadas ao idioma, inicia-se o período de transição no qual ministérios da educação, associações e academias de letras, editores e produtores de materiais didáticos recebam as novas regras ortográficas e possam, gradativamente, reimprimir livros, dicionários, etc.O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros.Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado.No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada. Mas apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país.O que muda.As novas normas ortográficas farão com que os portugueses, por exemplo, deixem de escrever "húmido" para escrever "úmido". Também desaparecem da língua escrita, em Portugal, o "c" e o "p" nas palavras onde ele não é pronunciado, como nas palavras "acção", "acto", "adopção", "baptismo", "óptimo" e "Egipto".Mas também os brasileiros terão que se acostumar com algumas mudanças que, a priori, parecem estranhas. As paroxítonas terminadas em "o" duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de "abençôo", "enjôo" ou "vôo", os brasileiros terão que escrever "abençoo", "enjoo" e "voo".Também não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos "crer", "dar", "ler", "ver" e seus decorrentes, ficando correta a grafia "creem", "deem", "leem" e "veem".O trema desaparece completamente. Estará correto escrever "linguiça", "sequência", "frequência" e "quinquênio" ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio.O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação do "k", do "w" e do "y" e o acento deixará de ser usado para diferenciar "pára" (verbo) de "para" (preposição).Outras duas mudanças: criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como "louvámos" em oposição a "louvamos" e "amámos" em oposição a "amamos", além da eliminação do acento agudo nos ditongos abertos "ei" e "oi" de palavras paroxítonas, como "assembléia", "idéia", "heróica" e "jibóia".Antônio HouaissA escrita padronizada para todos os usuários do português foi um estandarte de Antônio Houaiss, um dos grandes homens de letras do Brasil contemporâneo, falecido em março de 1999. O filólogo considerava importante que todos os países lusófonos tivessem uma mesma ortografia. No seu livro "Sugestões para uma política da língua", Antônio Houaiss defendia a essência de embasamentos comuns na variedade do português falado no Brasil e em Portugal .Fontes para comentar o assunto:William Roberto Cereja - Mestre em Teoria Literária pela USP, Doutor em Lingüística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Professor graduado em Português e Lingüística e licenciado em Português pela Universidade de São Paulo (USP), Professor da rede particular de ensino em São Paulo e Autor de obras didáticas.Marcia Paganini Cavéquia - Professora graduada em Português e Literaturas de Língua Portuguesa; Inglês e Literaturas de Língua Inglesa pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Pós-graduada em Metodologia da Ação Docente pela UEL, Palestrante e consultora de escolas particulares e secretarias de educação de diversos municípios e Autora de livros didáticos.Cassia Garcia de Souza - Professora graduada em Português e Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Pós-graduada em Língua Portuguesa pela UEL, Palestrante e organizadora de cursos para professores da rede de ensino, Assessora pedagógica e Autora de livros didáticos.Fonte: www.comunique-se.com.br
3009 Whitehaven Street, N.W. - Washington - D.C. 20008 - U.S.A.Tel: (202) 238-2828 - FAX: (202) 238-2818 - E-Mail: consular@brasilemb.org




http://www.tiosam.com/enciclopedia/?q=Acordo_Ortogr%c3%a1fico_de_1990
Acordo Ortográfico de 1990
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990) é um tratado internacional assinado pelos representantes oficiais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe em Lisboa, em 16 de Dezembro de 1990, fruto de um longo trabalho desenvolvido pela Academia de Ciências de Lisboa e pela Academia Brasileira de Letras desde 1980. Timor-Leste aderiu ao Acordo em 2004. O acordo teve ainda a adesão da delegação de observadores da Galiza.
Este acordo preconiza um padrão ortográfico único para o português a adoptar por todos os países que usam a nossa língua. O Acordo Ortográfico de 1990 constitui um passo importante para a defesa da unidade essencial da língua portuguesa e para o seu prestígio internacional, pondo um ponto final no insólito que é a existência de duas normas ortográficas divergentes e ambas oficiais: uma no Brasil e outra nos restantes países de língua portuguesa.
Actualmente o Português é a única língua do mundo ocidental falada por mais de cinqüenta milhões de pessoas com mais de uma ortografia oficial. Mesmo o castelhano apresenta dezenas de variações de pronúncia na Espanha e América hispânica, mas apenas uma ortografia.
No entanto, essa unificação ortográfica acarretará alterações na forma de escrita de apenas 1,6% do vocabulário usado em Portugal e de 0,5% no Brasil.
Índice
1 Antecedentes do Acordo Ortográfico de 1990
2 Principais alterações
2.1 O que muda no Brasil
2.2 O que muda em Portugal e nos restantes países lusófonos
2.3 O que muda em todos os países
3 Novo alfabeto
4 Vantagens da unificação ortográfica
5 Motivos para o atraso na sua implementação
5.1 Acordo e protocolos modificativos
5.2 O vocabulário comum
5.3 Resistência à mudança
6 Ligações externas
7 Ver também
Antecedentes do Acordo Ortográfico de 1990
Até ao início do século XX, tanto em Portugal como no Brasil, seguia-se uma ortografia de cariz etimológico que se tinha vindo a impor desde o século XVI, baseada nas directrizes dos principais gramáticos da língua. Era uma escrita complicada que, por regra, buscava a raiz latina ou grega para escrever cada palavra (ex.: pharmacia, lyrio, orthographia, phleugma, diccionario, caravella, estylo, prompto, etc.). No entanto, quer em Portugal, quer no Brasil, abundavam as críticas à ortografia em uso e não faltava quem recomendasse a adopção de escritas mais simples e mais próximas da fonética.
Com a implantação da república em Portugal (5 de Outubro de 1910) foi nomeada uma comissão para estabelecer uma ortografia simplificada a usar nas publicações oficiais e no ensino, que foi oficializada por portaria de 1 de Setembro de 1911. Esta reforma da ortografia -- a primeira oficial em Portugal -- foi profunda e modificou completamente o aspecto da língua escrita, aproximando-o muito do actual, fazendo desaparecer muitas consoantes dobradas, os grupos ph, th, rh, etc. No entanto, apesar de verdadeiramente radical, esta reforma foi feita sem qualquer acordo com o Brasil, ficando os dois países com ortografias completamente diferentes: Portugal com uma ortografia moderna, o Brasil com a velha ortografia pseudo-etimológica.
Em 1924 a Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de Letras começaram a procurar uma ortografia comum, firmando-se um acordo preliminar em 1931 que praticamente adoptava a ortografia portuguesa de 1911, iniciando-se assim um longo processo de convergência das ortografias dos dois países. Contudo, os vocabulários que se publicaram, em 1940 (Academia das Ciências de Lisboa) e 1943 (Academia Brasileira de Letras), continham ainda algumas divergências. Por isso, houve, ainda em 1943, em Lisboa, uma Convenção Ortográfica, que deu origem ao Acordo Ortográfico de 1945. Este acordo tornou-se lei em Portugal pelo decreto ainda em 1945, mas no Brasil não foi ratificado pelo Congresso; e, por isso, os brasileiros continuaram a regular-se pela ortografia do Vocabulário de 1943.
Em 1971, novo acordo entre Portugal e o Brasil aproximou um pouco mais a ortografia dos dois países, suprimindo-se os acentos gráficos responsáveis por 70% das divergências entre as duas ortografias oficiais (nos homógrafos e nos vocábulos derivados com o sufixo -mente ou iniciado por -z-). Em 1973 recomeçaram as negociações e, em 1975, as duas Academias mais uma vez chegaram a acordo, o qual não foi contudo transformado em lei, em parte devido ao período de convulsão política que se vivia em Portugal. Em 1986, o presidente José Sarney do Brasil tentou resolver o assunto e promoveu um encontro dos sete países de língua portuguesa no Rio de Janeiro. Deste encontro, saiu um acordo ortográfico e mais uma vez o acordo não foi por diante, devido ao enorme alarido que se levantou em Portugal e no Brasil, nomeadamente a propósito da supressão da acentuação gráfica nas palavras esdrúxulas ou proparoxítonas.
No entanto, como a persistência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa -- a lusitana/africana e a brasileira -- tem sido considerada largamente prejudicial para a unidade intercontinental do português e para o seu prestígio no mundo, quatro anos mais tarde, foi feita nova reunião, desta vez em Lisboa, e lavrado um novo Acordo Ortográfico, tido como mais moderado e atendendo às críticas feitas à proposta de 1986.
Principais alterações
As diferenças entre a escrita proposta pelo ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990 e as normas actuais são poucas e fáceis de apreender.
O que muda no Brasil
No Brasil tão-somente 0,5% das palavras sofrerão modificações. Estas alterações incidem, nomeadamente, na eliminação dos acentos em terminações "-eia" e "-oo" (ex.: assembleia, ideia, europeia, enjoo, voo, em vez das actuais assembléia, idéia, européia, enjôo, vôo, seguindo-se o uso de Portugal); e na completa eliminação do trema (ex.: frequência, linguiça, em vez das actuais freqüência, lingüiça, tal como é prática em Portugal desde 1945).
Norma atual (br)
Acordo ortográfico
lingüiça
linguiça
seqüência
sequência
freqüência
frequência
qüinqüênio
quinquênio
assembléia
assembleia
idéia
ideia
européia
europeia
abençôo
abençoo
enjôo
enjoo
vôo
voo
O que muda em Portugal e nos restantes países lusófonos
Em Portugal e nos restantes países lusófonos que não o Brasil, as mudanças afectarão cerca de 2.600 palavras, ou seja, 1,6% do vocabulário total. As alterações mais significativas encontram-se na eliminação das consoantes que não são pronunciadas (ex.: ação, didático, ótimo, batismo em vez de acção, didáctico, óptimo, baptismo, seguindo-se o que o Brasil já pratica há décadas).
Norma actual (pt)
Acordo ortográfico
acção
ação
didáctico
didático
direcção
direção
eléctrico
elétrico
óptimo
ótimo
O que muda em todos os países
Para além disso, simplificam-se as regras do hífen, suprimem-se alguns acentos (ex.: leem, deem, para (do verbo parar), pelo (pilosidade), polo (como em Polo Norte) em vez de dêem, lêem, pára, pêlo, pólo) e, de forma a contemplar as diferenças fonéticas existentes, aceitam-se duplas grafias em algumas palavras (ex.: António/Antônio, facto/fato, secção/seção).
Os acentos agudos nas paroxítonas que têm "oi" na sílaba tônica são abolidos, assim: apóio, jóia, heróico, passam a apoio, joia, heroico.
Exemplos de eliminação de hífen:
Norma actual
Acordo ortográfico
contra-regra
contrarregra
extra-escolar
extraescolar
anti-semita
antissemita
anti-religioso
antirreligioso
Exemplos de introdução de hífen:
Norma actual
Acordo ortográfico
microondas
micro-ondas
arquiinimigo
arqui-inimigo

Exemplo de frases escritas respeitando a norma vigente em Portugal (a amarelo as palavras que sofrerão alterações pela nova norma)
As mesmas frases redigidas respeitando a norma vigente no Brasil (a amarelo as palavras que sofrerão alterações pela nova norma)
Frases redigidas observando a norma proposta pelo Acordo de 1990 (a amarelo as palavras que terão duas grafias possíveis, ambas válidas)
De facto, o português é actualmente a terceira língua europeia mais falada do mundo.
De fato, o português é atualmente a terceira língua européia mais falada do mundo.
De facto/fato, o português é atualmente a terceira língua europeia mais falada do mundo.
Não é preciso ser génio para saber que o aspecto económico pesa muito na projecção internacional de qualquer língua.
Não é preciso ser gênio para saber que o aspecto econômico pesa muito na projeção internacional de qualquer língua.
Não é preciso ser génio/gênio para saber que o aspeto/aspecto económico/econômico pesa muito na projeção internacional de qualquer língua.
Não há nada melhor do que sair sem direcção, rumando para Norte ou para Sul, para passar um fim-de-semana tranquilo em pleno Agosto.
Não há nada melhor do que sair sem direção, rumando para norte ou para sul, para passar um fim de semana tranqüilo em pleno agosto.
Não há nada melhor do que sair sem direção, rumando para norte ou para sul, para passar um fim de semana tranquilo em pleno agosto.
Dizem que é uma sensação incrível saltar de pára-quedas pela primeira vez em pleno voo.
Dizem que é uma sensação incrível saltar de pára-quedas pela primeira vez em pleno vôo.
Dizem que é uma sensação incrível saltar de paraquedas pela primeira vez em pleno voo.
Novo alfabeto
Agora as letras "k", "w" e "y" passam a ser oficialmente incorporadas ao alfabeto da língua portuguesa. Os dicionários já registram essas letras; os países africanos possuem muitas palavras escritas com elas. Assim, o alfabeto da língua portuguesa passa a ser formado por vinte e seis letras, cada uma delas com uma forma minúscula e outra maiúscula:
a A (á)
n N (ene)
b B (bê)
o O (o)
c C (cê)
p P (pê)
d D (dê)
q Q (quê)
e E (é)
r R (erre)
f F (efe)
s S (esse)
g G (gê ou guê)
t T (tê)
h H (agá)
u U (u)
i I (i)
v V (vê)
j J (jota)
w W (dáblio)
k K (capa ou cá)
x X (xis)
l L (ele)
y Y (ípsilon)
m M (eme)
z Z (zê)
Vantagens da unificação ortográfica
Na situação actual há um enorme custo económico e financeiro na produção de edições diferentes de dicionários, livros didácticos e literários para o Brasil e para Portugal, devido apenas às ortografias oficiais divergentes. A demora na edição de obras lexicográficas comuns contribui para que o português se insira no conjunto de línguas de pouca difusão, pouco conhecimento e pequena repercussão no universo da comunicação multilingue, apesar de ser uma das mais faladas do mundo!
O Acordo Ortográfico prevê a preparação de um vocabulário técnico-científico comum que será de grande utilidade para a difusão bibliográfica e de novas tecnologias que recorrem à terminologia científica e técnica, beneficiando os educandos e os utilizadores da língua em geral.
Com a adopção por todos do Acordo Ortográfico, Brasil e Portugal poderão somar esforços na cooperação com os PALOP e Timor-Leste, em acções de difusão e fortalecimento da língua portuguesa. Os livros e outros materiais educativos, os programas de educação à distância e outros materiais pedagógicos adoptados em qualquer país lusófono poderão ser mais facilmente reproduzidos noutro país. Os programas de formação e aperfeiçoamento para professores de português como segunda língua, por exemplo, poderão passar a ser comuns, em vez de Portugal e Brasil desenvolverem separadamente as suas iniciativas.
Com o Acordo Ortográfico em vigor fica aberto o caminho para um entendimento entre Portugal e o Brasil sobre a certificação comum de proficiência em língua portuguesa para estrangeiros, pois o Brasil emite hoje o certificado CELPE-Bras, enquanto que em Portugal o único diploma válido é o emitido pelo Instituto Camões.
Além da expansão e do fortalecimento da cooperação educacional em língua portuguesa, a aprovação do Acordo Ortográfico é condição essencial para a definição de uma política linguística de bases comuns na CPLP e, portanto, para o bom funcionamento do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, entidade criada em 1989 e sedeada em Cabo Verde.
Motivos para o atraso na sua implementação
Acordo e protocolos modificativos
No artigo 3.º, o "Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (1990)" previa a sua entrada em vigor a 1 de Janeiro de 1994, mediante a ratificação de todos os membros. No entanto, como apenas o Brasil, Cabo Verde e Portugal ratificaram o documento, a sua entrada em vigor ficou pendente.
Assim, em 17 de Julho de 1998, na cidade da Praia, Cabo Verde, foi assinado um "Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa" que retirou do texto original a data para a sua entrada em vigor, maugrado continuar a ser necessária a ratificação de todos os signatários para o Acordo de 1990 entrar em vigor. Uma vez mais, apenas os parlamentos do Brasil, Portugal e Cabo Verde aprovaram este protocolo.
Em Julho de 2004, os chefes de estado e de governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), reunidos em São Tomé e Príncipe, aprovaram um "Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico" que, para além de permitir a adesão de Timor-Leste, previa que, em lugar de ratificação por todos os países, fosse suficiente que três membros da CPLP ratificassem este novo protocolo modificativo para que o Acordo Ortográfico entrasse em vigor.
O Brasil ratificou o "Segundo Protocolo Modificativo" em Outubro do mesmo ano e, em Abril do ano seguinte (2005), Cabo Verde também cumpriu essa exigência. Falta apenas que mais um país da CPLP o faça e, por toda a ordem de razões, seria de esperar que fosse Portugal a fazê-lo. No entanto, estranhamente, este assunto parece não ser prioritário para o parlamento e o governo da República Portuguesa, alegadamente pela falta do Vocabulário Ortográfico Comum, apresentado como o principal impedimento à entrada em vigor do Acordo Ortográfico.
O vocabulário comum
O texto original do ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1990 previa a elaboração, até 1 de Janeiro de 1993, de um Vocabulário Ortográfico Comum «tão completo quanto desejável e tão normalizador quanto possível, no que se refere às terminologias científicas e técnicas».
Para uma língua verdadeiramente comum é imprescindível a existência de um Vocabulário Comum que inclua as grafias consideradas correctas para todos os povos da lusofonia. É, por exemplo, necessário que esse vocabulário tenha duplas entradas nos casos de dupla grafia (ex.: académico e acadêmico, facto e fato, dicção e dição, etc.), como, em muitos casos, já regista o Dicionário Aurélio, bem como delibere sobre o aportuguesamento de palavras estrangeiras, a adopção de neologismos e as terminologias científicas e técnicas.
Este Vocabulário Ortográfico Comum, a elaborar pela Academia Brasileira de Letras e pela Academia das Ciências de Lisboa, precederia a entrada em vigor das normas do Acordo Ortográfico. Como este trabalho prévio ainda está por fazer, há sérias dúvidas se o acordo deveria avançar para a entrada em vigor imediatamente ou se, pelo contrário, só deveria ser considerado após a elaboração e a publicação do Vocabulário.
Torna-se, assim, indispensável a união de esforços para que os termos de um vocabulário comum sejam aprovados pelos Estados interessados na língua comum. A Academia Brasileira de Letras está adiantada no estudo deste vocabulário, pois publicou uma obra com 350 mil entradas em 1998, mas a Academia das Ciências de Lisboa, com o seu dicionário de 70 mil entradas, de 2001, está ainda longe desse objectivo. Ora enquanto não houver vocabulário comum, não se poderá falar numa língua comum e, para a univocidade, não adianta que cada país tenha o seu próprio vocabulário legalizado.
Resistência à mudança
A resistência à mudança, no caso da adopção do Acordo Ortográfico, compreende-se por vários motivos: há pessoas que se lhe opõem por idiossincrasia, outras porque receiam não saber escrever pelas novas regras, muitas porque as alterações na escrita envolvem problemas económicos importantes (novos investimentos em edições de dicionários e livros didácticos, renovação de bibliotecas, etc.). No entanto, para vermos que muito do que hoje é dito e escrito não é novo, talvez valha a pena recordar o que escrevia Alexandre Fontes, nas vésperas da reforma ortográfica de 1911 (respeitando-se a escrita original do autor):
"Imaginem esta palavra phase, escripta assim: fase. Não nos parece uma palavra, parece-nos um esqueleto (...) Affligimo-nos extraordinariamente, quando pensamos que haveriamos de ser obrigados a escrever assim!"
Alexandre Fontes, A Questão Orthographica, Lisboa, 1910, p. 9
Pode-se lamentar, mas não é para admirar que no atraso da entrada em vigor deste acordo esteja envolvida, também, muita resistência passiva.

Ligações externas
Texto completo do Acordo Ortográfico (falta o Protocolo modificativo de 2004)
Textos na Revista Macau (inclui entrevista a Malaca Casteleiro)
Entrevista da Revista Brasileira de Língua e Literatura a Sílvio Elia
Ver também
Ortografia da língua portuguesa
Língua portuguesa
Português europeu
Português brasileiro
Português angolano
Português da Galiza
Fonologia do português
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
Museu da Língua Portuguesa
Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras



http://caetanobarata.wordpress.com/2007/05/29/mudancas-na-ortografia-da-lingua-portuguesa-a-parttir-de-janeiro-2008/
A partir de janeiro de 2008, Brasil, Portugal e os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste terão a ortografia unificada.
O português é a terceira língua ocidental mais falada, após o inglês e o espanhol. A ocorrência de ter duas ortografias atrapalha a divulgação do idioma e a sua prática em eventos internacionais. Sua unificação, no entanto, facilitará a definição de critérios para exames e certificados para estrangeiros. Com as modificações propostas no acordo, calcula-se que 1,6% do vocabulário de Portugal seja modificado. No Brasil, a mudança será bem menor: 0,45% das palavras terão a escrita alterada. Mas apesar das mudanças ortográficas, serão conservadas as pronúncias típicas de cada país.
Resumo da ópera - o que muda na ortografia em 2008:
- As paroxítonas terminadas em “o” duplo, por exemplo, não terão mais acento circunflexo. Ao invés de “abençôo”, “enjôo” ou “vôo”, os brasileiros terão que escrever “abençoo”, “enjoo” e “voo”.
- mudam-se as normas para o uso do hífen
- Não se usará mais o acento circunflexo nas terceiras pessoas do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo dos verbos “crer”, “dar”, “ler”, “ver” e seus decorrentes, ficando correta a grafia “creem”, “deem”, “leem” e “veem”.
- Criação de alguns casos de dupla grafia para fazer diferenciação, como o uso do acento agudo na primeira pessoa do plural do pretérito perfeito dos verbos da primeira conjugação, tais como “louvámos” em oposição a “louvamos” e “amámos” em oposição a “amamos”.
- O trema desaparece completamente. Estará correto escrever “linguiça”, “sequência”, “frequência” e “quinquênio” ao invés de lingüiça, seqüência, freqüência e qüinqüênio.
- O alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação de “k”, “w” e “y”.
- O acento deixará de ser usado para diferenciar “pára” (verbo) de “para” (preposição).
- Haverá eliminação do acento agudo nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas, como “assembléia”, “idéia”, “heróica” e “jibóia”. O certo será assembleia, ideia, heroica e jiboia.
- Em Portugal, desaparecem da língua escrita o “c” e o “p” nas palavras onde ele não é pronunciado, como em “acção”, “acto”, “adopção” e “baptismo”. O certo será ação, ato, adoção e batismo.
- Também em Portugal elimina-se o “h” inicial de algumas palavras, como em “húmido”, que passará a ser grafado como no Brasil: “úmido”.
- Portugal mantém o acento agudo no e e no o tônicos que antecedem m ou n, enquanto o Brasil continua a usar circunflexo nessas palavras: académico/acadêmico, génio/gênio, fenómeno/fenômeno, bónus/bônus.
Leia mais no link abaixo:
http://caetanobarata.wordpress.com/2007/07/17/brasil-prepara-entrada-em-vigor-do-acordo-ortografico/Fontes: Revista Isto É, Folha de São Paulo e Agência Lusa




http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/06/27/materia.2007-06-27.6912465073/view
Para chanceler brasileiro, unificação da língua portuguesa ainda vai dar trabalho Agência Lusa



Lisboa (Portugal) - O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, admitiu hoje (27), em entrevista à Agência Lusa, que a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) ainda precisa fazer muito para promover o idioma comum."Temos dado um reforço ao Instituto Internacional de Língua Portuguesa e houve também avanços na reforma ortográfica, mas é possível trabalhar mais para a difusão da língua e aproveitar o patrimônio comum. Isso é uma tarefa de todos nós que, aliás, Portugal faz bem freqüentemente. Mas temos muito ainda a fazer", alertou Amorim.Questionado se Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe poderiam dar andamento ao acordo ortográfico sem Portugal, o ministro evitou pronunciar-se. "Esta é uma seara política, mas que envolve muito conhecimento especializado".Amorim destacou, entretanto, que "seria muito importante, do ponto de vista editorial, que os dois países [Brasil e Portugal] estivessem juntos".Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe já ratificaram o acordo ortográfico e também o protocolo modificativo ao acordo, aprovado em julho de 2004, na cúpula da CPLP em São Tomé, o que tornou possível a pronta entrada em vigor das novas regras ortográficas nestes três países.O protocolo modificativo permite que o acordo vigore com a ratificação de apenas três dos oito países lusófonos. Portugal já assinou o acordo, mas ainda falta o protocolo.O chefe da diplomacia brasileira abordou ainda o problema da falta de reconhecimento da Missão Permanente do Brasil junto à CPLP, criada no início do ano passado. "O estatuto diplomático desta representação brasileira não foi totalmente reconhecido por Portugal, o que nós lamentamos, porque deveria ser do interesse de Portugal estimular não só o Brasil, mas também outros países a fazer o mesmo”.Na avaliação de Celso Amorim, burocracia e pequenas dificuldades legais precisam ser superadas.A alteração do acordo-sede da CPLP, que permitirá a legalização das missões diplomáticas dos Estados-membros junto à organização, já foi assinada no Ministério dos Negócios Estrangeiros português, aprovada no Conselho de Ministros e, segundo disse hoje à Lusa o chefe da representação brasileira, embaixador Lauro Moreira, vai ser votada no Parlamento português no próximo dia 5 – um dia após a Cúpula União Européia-Brasil, em Lisboa.Leia também a primeira e segunda partes da entrevista.






http://www.unifai.edu.br/internet_noticia.asp?cod_conteudo=2680&area=1627
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa deverá entrar em vigor em 2009, no Brasil.
O Acordo tem como objetivo unificar a ortografia dos países que têm o português como língua oficial. Foi assinado em 1990 pelos oito países que fazem parte da CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa: Brasil, Portugal, Timor Leste e cinco nações africanas (Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe), mas não entrou em vigor ainda.
Esse acordo já pode valer, porque três dos oito países lusófonos - Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe - já o ratificaram e também o protocolo modificativo ao acordo, aprovado em julho de 2004, em São Tomé, durante a reunião da CPLP. Portugal já ratificou o acordo, mas ainda falta ratificar o protocolo modificativo.
O presidente da Comissão de Língua Portuguesa do Ministério da Educação, Godofredo de Oliveira Neto afirmou que “o Brasil aguarda apenas uma decisão política interna para a aplicação do acordo ortográfico” (Lusa - Agência de Notícias de Portugal, 25 de julho de 2007) Para os especialistas a unificação da ortografia acarretará alterações na forma de escrita em 1,6% do vocabulário usado em Portugal e de 0,5%, no Brasil. Isso quer dizer que as diferenças ortográficas entre Brasil e Portugal serão resolvidas em 98%.
O assessor especial do MEC, Carlos Alberto Xavier, afirmou que será preciso um intervalo de, no mínimo, um ano após o início da vigência do acordo para que os livros didáticos distribuídos pelo MEC contenham as mudanças ortográficas. "Teremos também um período de dois anos para adaptação à nova ortografia. Durante esse tempo, as duas formas ortográficas serão consideradas corretas", afirmou. (Pereira, 2007))
Atualmente a Língua Portuguesa possui duas grafias oficiais: a do Brasil e a de Portugal.
O governo brasileiro vê de forma positiva a reforma em 2009. Para ele, a existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa é prejudicial à unidade do idioma e dificulta a capacidade de difusão internacional do português. O Brasil considera a entrada em vigor do acordo como condição essencial para a definição de uma política de promoção e difusão da língua portuguesa, o terceiro idioma europeu mais falado no mundo. (Lusa - Agência de Notícias de Portugal, 13 de dezembro de 2006) Mas nem tudo são flores. Machado (2007) afirma que existem “mais contras do que prós” na unificação: “as resistências são maiores em Portugal, mas a maioria dos especialistas também critica o acordo no Brasil”. Cita o exemplo que, em Portugal, o jornal Público divulgou que a eliminação das consoantes mudas é uma ‘brasilificação’ do vocabulário português (“acto” em Portugal”, por exemplo, passará a “ato” igual ao Brasil).
Segundo Machado (2007), Evanildo Bechara considera o acordo imperfeito e imparcial, pois “deixa de resolver uma série de problemas, como o uso do hífen e o das maiúsculas, entre outros.”
Cláudio Moreno, doutor em Letras, também é contra o acordo, pois lembra que as mudanças de 71 provocaram o destino do lixo dos dicionários e dos livros de literatura infantil. Francisco Platão Savioli, professor aposentado da USP, não acredita que a mudança valha a pena: “é uma reforminha tímida ...que não mexe adequadamente no essencial, como o problema insolúvel do hífen...vai provocar a queima de milhões de livros.”Principais mudanças —
Alfabeto: o alfabeto, que atualmente possui 23 letras, será acrescido de mais três: k, y e w.
Trema: o trema será eliminado das palavras portuguesas ou aportuguesadas, como, por exemplo, “lingüiça” que passará a ser grafada como “linguiça”. O trema será usado apenas em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros, como, por exemplo, mülleriano, de Müller.
Hífen: a regra para uso de hífen será simplificada. A palavra “Pára-quedas” passará a ser grafada como “Paraquedas”, por exemplo. Entretanto, “microondas” (hoje sem hífen) passa a ter hífen “micro-ondas”.

Acentuação gráfica: não serão assinalados com acento gráfico os ditongos ei e oi de palavras paroxítonas, como “assembléia, idéia e jibóia”; assim escreveremos: “assembleia, ideia, jiboia”

Consoantes mudas: Desaparecem também da língua escrita em Portugal o "c" e o "p" nas palavras onde estas letras não são pronunciadas, como em "acção", "acto", "baptismo", "óptimo".

Dupla grafia: Admitida em diferenças fonológicas (de pronúncia, de sotaque), como “fato” e “facto”, “cômodo” e “cómodo”

Acento diferencial: Desaparece como em “pára” (verbo parar) e “pêlo” (substantivo).

Encontros vocálicos ­oo e ee deixam de receber o acento circunflexo. Dessa forma escreveremos: enjoo, veem, voo etc.
Ditongos ei e oi deixam de ser acentuados. Assim teremos “joia”, “ideia” etc.

Eliminação do “h” inicial de algumas palavras em Portugal, como em “húmido” que passará a “úmido” igual ao Brasil.
Referências Bibliográficas
ACORDO ortográfico da Língua Portuguesa – 1990. Disponível em <> Acesso em 16.08.07

FALTA só 'decisão política' para acordo ortográfico no Brasil. LUSA – Agência de Notícias de Portugal S.A., Brasília, jul.2007. Disponível em < iden="9483"> Acesso em 16.08.07

MACHADO, Josué. Contagem regressiva para a unificação. Revista Língua Portuguesa, São Paulo, ano II, n.21, p.40-41, 2007.

PEREIRA FILHA, Maria. MEC se prepara para unificação ortográfica da Língua Portuguesa. Ministério da Educação, mai.2007. Disponível em < option="com_content&do_pdf="1&id="8276"> Acesso em 16.08.07

PORTUGAL diz estar perto de confirmar acordo ortográfico. LUSA – Agência de Notícias de Portugal S.A. Rio de Janeiro, dez.2006. Disponível em Acesso em 16.08.07
[1] Mestre em Comunicação Social pela UMESP. Coordenadora e Professora de Comunicação e Redação Empresarial do curso de Administração.

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