O Brasil comemora
nesta sexta-feira (25/5) o Dia Nacional da Adoção com 5.240 crianças e
adolescentes ainda à espera de uma nova família. É o que mostra o Cadastro
Nacional da Adoção (CNA), criado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para
reunir informações sobre crianças e jovens disponíveis para a adoção e pessoas
interessadas em adotar. O banco de dados acelera procedimentos, facilitando o
desenvolvimento de políticas públicas nesta área e também permite o
conhecimento da realidade dessas crianças e adolescentes. Além disso, propicia
maior transparência e segurança nos processos e o melhor cumprimento dos
melhores interesses das crianças e adolescentes.
Segundo levantamento
da última terça-feira (22/5), o número de pretendentes continua cinco vezes
maior que o de crianças e adolescentes aptos a serem adotados, com um total
28.041 inscritos em todo o país. O perfil exigido pelos inscritos no cadastro
ainda é a principal barreira para a inserção das crianças e jovens em uma nova
família.
25 DE MAIO -
DIA NACIONAL DA ADOÇÃO (EDIÇÃO 2012)
Há dez anos
comemoramos o Dia Nacional da Adoção, um marco para as famílias
constituídas por adoções e uma data que oportuniza discussões e reflexões sobre
o tema. Mais que comemorações, o tema clama por novos olhares e quebras de
paradigmas para que de fato os avanços estabelecidos pelo ECA sejam efetivados
e crianças e adolescentes tenham garantido o direito à Convivência Familiar e
Comunitária.
A adoção é uma
experiência humana que demanda de todos os envolvidos, em suas múltiplas
expressões, uma abertura permanente para o debate, para o estudo, para a troca
de ideias e de experiências. Mitos e preconceitos devem ser superados para que
suas verdades possam emergir e adotar enfim, deixe de ser um tabu.
Dados atuais do CNJ,
registram 4.685 crianças e adolescentes disponíveis para a adoção e 27.052
pessoas cadastradas no CNA (Cadastro Nacional de Adoção). A matemática é
simples: preconceito, despreparo e uma cultura que valoriza em demasia a
escolha do filho pela raça, idade e sexo, reflete a discrepância numérica.
Assim, o sonho e direito de crianças e adolescentes de conviverem em uma
família é ceifado.
Em Porto Velho, ações
de cunho informativo e conscientizador sobre o tema são realizadas pela equipe
de psicólogas e assistentes sociais do Serviço de Colocação Familiar/SCF do II
Juizado da Infância e Juventude junto à comunidade, visando esclarecê-la sobre
que é a adoção, como ela deve ser legitimada, uma vez que o encaminhamento de
uma criança para terceiros sem a intermediação do Poder Judiciário constitui
uma ação ilegal passível de penalidades, oportunizando um debate de maior
amplitude sobre as adoções necessárias (crianças maiores de dois anos, grupos
de irmãos, portadores de necessidades especiais, interraciais).
A adoção, portanto,
representa um caminho para que crianças e adolescentes tenham garantido o
direito à convivência familiar e comunitária, fatores que se constituem
edificantes para o saudável desenvolvimento biopsicossocial. Todos estamos
convocados a pensar sobre o tema e sermos agentes multiplicadores para que ela
ocorra de modo responsável e consciente.
"ADOTAR É ACREDITAR QUE A
HISTÓRIA É MAIS FORTE QUE A HEREDITARIEDADE, E QUE O AMOR É MAIS FORTE QUE O
DESTINO"
Lídia Weber
Serviço de
Colocação Familiar/SCF do II Juizado da Infância e Juventude
69
3217-1258/1260/1261
Rua Rogério Weber,
2396 - Centro
Porto Velho -
Rondônia - CEP 76801-160
Fonte: TJRO
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